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Crescimento e desenvolvimento do bebé

Crescimento e desenvolvimento do bebé

O crescimento e desenvolvimento do bebé é sempre uma das grandes preocupações dos pais.

Para mim, essa preocupação surgiu imediatamente com aquela segunda linha de confirmação no teste de gravidez e, a um sentimento de pura felicidade juntou-se um milhão de perguntas e dúvidas: Que tamanho tem agora o meu bebé? Será que já tem um coraçãozinho a bater? Quando é que ele me vai conseguir ouvir? Quando é que vai começar a mexer? Como é que eu vou saber que está tudo a correr bem? Ainda falta tanto tempo para as 40 semanas…

E, foi assim durante toda a gravidez. De cada vez que surgia uma indisposição, de cada vez que surgia uma pequena dor abdominal ou de cada vez que os movimentos fetais não eram tão vigorosos ou frequentes, todos os receios voltavam.

Depois o meu filho nasceu. Logo após o parto foi observado pelo pediatra que o pousou sobre o meu peito e disse: “parabéns, correu tudo bem e tem um menino saudável”. Foi um momento perfeito, mas se eu pensava que os meus receios iriam acalmar a partir desse instante, estava muito enganada.

O meu filho mais velho chorava imenso e todos os dias eu vivia numa ansiedade tremenda. Só me questionava se ele estava bem. Será que está a comer o suficiente? Será que está a ganhar peso como deveria? Será que se está a desenvolver bem? Será que está doente?

E cinco anos passados pouco mudou. A grande diferença é que agora a minha preocupação com o crescimento e desenvolvimento dos meus filhos é multiplicada por 4!

Avaliação do desenvolvimento do bebé e da criança

Como costumo dizer, independentemente da faixa etária, as crianças estão sempre numa fase, mas logo a seguir a uma vem outra e é sempre difícil sabermos se o nosso bebé se está a desenvolver de uma forma saudável e dentro do que expectável: Será que já é suposto comer sozinho? Será que já deveria gatinhar? Será que já deveria dizer bem os “r”?

Assim como existem pais demasiado preocupados, também há os que desvalorizam por completo sinais de alarme por simplesmente acharem que o seu filho é apenas diferente e que os comentários menos positivos não são válidos.

No que diz respeito ao crescimento e desenvolvimento do bebé, a linha entre o que é considerado normal ou anormal pode ser muito ténue, mas a verdade é que como pais é muito importante que estejamos atentos aos nossos filhos a todos os níveis. Devemos saber como é expectável que ocorra o seu crescimento e as capacidades básicas que devem desenvolver em cada faixa etária. Não só, para vigiarmos e detetarmos algum sinal de alerta, mas também para estimularmos e potenciarmos o seu desenvolvimento.

Contudo, também é muito importante sabermos que cada criança é única e que as grelhas de avaliação do desenvolvimento que usamos são apenas um instrumento orientador que deve ser valorizado ao longo do tempo e do crescimento da criança.

Por exemplo, apesar de um bebé de 6 meses já ser suposto sentar-se sem apoio, não quer dizer que seja considerado um desenvolvimento anormal ou motivo para alarme se ele, apenas adquirir essa capacidade perto dos 7 meses. O importante é que, como cuidadores, o comecemos a colocar nessa posição para que ele aprenda e desenvolva essa competência.

Mas, se existe alguma volatilidade no momento em que as crianças vão adquirindo determinadas competências, também é muito importante que não desvalorizemos algumas diferenças e estejamos atentos aquilo que chamamos de sinais de alerta.

Muitas vezes, damos connosco a comparar os nossos filhos com outras crianças: como por exemplo: “Porque é que o filho do meu colega já fala tão bem e o meu não?”, “Aquela menina do berçário tem menos um mês e já anda!”. Estes tipos de observações podem ser relevantes, não em termos comparativos claro, porque como já referi cada criança é única, mas podem ser importantes para nos alertarem relativamente a algum ponto do desenvolvimento do nosso bebé que podemos ajudar a estimular.

Nem sempre é fácil de ouvir, mas também é importante valorizarmos comentários menos positivos dos nossos filhos, quando eles são transmitidos, sobretudo, por pessoas próximas ou mesmo pelos educadores. Apesar de nem sempre poderem ser comentários assertivos, podem ser um motivo importante para questionarmos o pediatra e esclarecermos algumas dúvidas.

Na maioria dos casos, as crianças apenas têm velocidades de desenvolvimento diferentes, e existem algumas que podem precisar de ser mais estimuladas, mas também existem circunstâncias que podem corresponder a situações patológicas mais ou menos graves. E, nesses casos, a deteção e a intervenção precoce dos profissionais de saúde podem fazer toda a diferença.

A principal mensagem que queria transmitir com este artigo é que a preocupação com o crescimento e desenvolvimento do bebé é algo que deve de estar sempre presente. Não deve de ser sobrevalorizada, mas também não deve ser negligenciada.

Encontrar um ponto de equilíbrio pode ser difícil, mas ninguém disse que a maternidade era fácil. Este é só mais um dos muitos desafios que, enquanto mães, temos que superar todos os dias.

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