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Educar: era tão mais fácil dizer sempre sim

Educar? Era mais fácil dizer sempre sim

Falar sobre a melhor forma de como educar os nossos filhos é sempre um assunto muito delicado. Não faltam teorias nem especialistas, mas não acredito num manual de instruções que possa ser aplicado a todos os casos.

Existem demasiadas condicionantes e intervenientes. Começamos pelo próprio background dos pais, no que diz respeito à forma como foram educados e depois pelas suas crenças, construídas ao longo de vários anos a observar os filhos dos outros. Quantos de nós ao observarmos a birra de uma criança não dissemos: ai se fosse meu filho!!!

No centro de todo o processo educacional ainda temos a criança que independentemente da idade é já dotada de uma personalidade única. Moldável, é certo, mas já com traços que a distingue de todas as outras crianças.

No meio de tudo isto ainda temos os avós, com tanto amor para dar que muitas vezes parece que se esquecem de tudo o que nos ensinaram. E ainda temos os tios, os primos e os amigos com opiniões e conselhos para dar e vender.

Educar não é só hoje ou agora, é um processo continuo que implica tomar decisões a todo o momento sobre o que consideramos ser melhor para os nossos filhos, seja em termos de saúde ou em termos de promover o seu desenvolvimento, físico e mental, ajudando-os a contruir uma personalidade.

É uma luta diária para os ensinar a distinguir o que é certo do que é errado e para os dotar de ferramentas que os ajudem a serem pessoas cada vez melhores e felizes.

Mas, apesar de existirem tantos intervenientes, em última análise, toda a responsabilidade de educar recai sobre os pais. É a nós que cabe decidir o que é melhor para os nossos filhos. É a nós que cabe dizer NÃO as vezes que forem precisas.

Somos nós que temos que levar com as birras e não ceder. Somos nós que temos que tomar decisões a pensar no que é melhor para eles e ouvir frases do género: a culpa é tua, não gosto mais de ti!

Admito que este educar sem folgas é cansativo e desgastante e que muitas vezes dou comigo a pensar: era tão mais fácil dizer que SIM!

Mas dizer que sim continuamente era sinónimo de deixar de me preocupar com o futuro dos meus filhos. Era sinónimo de indiferença e de desinteresse no tipo de adultos que eles vão ser.

Ser mãe de quatro é a minha devoção. É certo que já tomei decisões erradas quanto à sua educação, mas durmo de consciência tranquila porque tudo o que decidi foi sempre acreditando que estava a fazer o melhor por eles e para eles e não no que era mais fácil para mim.

Portanto, acredito que não há formas certas ou erradas de educar, há simplesmente uma luta constante da nossa parte de tomar boas decisões todos os dias. Vida de mãe é assim…

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