Após a minha quarta gravidez posso afirmar, com toda a certeza, que regressar à forma física após um parto não é apenas uma questão de peso.
Pode parecer que isso não se aplica a algumas pessoas famosas, mas depois de sujeito a tantas alterações, durante 9 meses, sobretudo após várias gestações há marcas que vão ficar para sempre no nosso corpo. Uma parte delas conseguimos disfarçar, e ficam só para nós, e outras, infelizmente não.
O uso de cinta no pós-parto está longe de ser consensual junto da comunidade científica, sobretudo em casos de parto normal. O maior argumento contra prende-se com o facto de o uso prolongado da cinta impedir o trabalho dos músculos abdominais cuja tonificação está na base do processo de recuperação no pós-parto.
Do ponto de vista clínico a cinta pode ajudar a reduzir a dor na região lombar no pós-parto imediato e ajudar na recuperação da diástase abdominal, mas na minha opinião, enquanto mulher, a sua principal vantagem está longe de ser essa.
No meu caso, nunca fiquei em casa nas primeiras semanas após o nascimento dos meus filhos. Seja por opção ou por necessidade sempre tive que sair logo na primeira semana e isso pode ser muito desafiante. Não do ponto de vista físico, porque todos nasceram de parto normal e sempre recuperei muito bem, mas do ponto de vista estético!
Encontrar roupa sem ser de pré-mama que nos sirva é quase impossível e, se por acaso encontramos, ela vai sempre realçar aquela barriga que nos faz parecer grávida de 4 ou 5 meses outra vez!
Por isso cinta no pós-parto??? Sim, por favor!!! É óbvio que não nos tira os quilinhos a mais, mas devolve-nos a autoestima. O seu uso modela a nossa silhueta, nomeadamente na região abdominal e ajuda a mantermos uma postura mais correta. Tudo isto se traduz numa mulher mais confiante com repercussões, não só na forma como enfrentamos o mundo depois de sermos mães, mas também na forma como vivemos a maternidade.
Só comprei uma cinta ao fim de 5 meses no pós-parto da terceira gravidez, porque mesmo tendo perdido mais peso do que o que tinha antes de engravidar, o formato da minha barriga estava longe de ser o que era.
Uma ligeira diástase abdominal, associada a uma inevitável maior flacidez da pele nessa região, contribuíam para aquela barriga de grávida, sobretudo ao fim do dia.
Existem vários modelos e tamanhos disponíveis no mercado e para todos os preços. É obvio que é tudo uma questão de escolha pessoal e depende do formato do nosso corpo, mas da minha experiência as mais práticas e realmente funcionais são as de colchete, com vários níveis para ajuste da compressão, e que apenas incluem a região abdominal, que não têm que ser desapertadas quando temos que ir ao quarto de banho.
As de velcro acabam por deformar bastante com o tempo e aquelas com pernas ou busto, além de mais difíceis de vestir são mais quentes.
Independentemente do modelo, a cinta pós-parto pode ser utilizada no pós-parto imediato, mesmo que apenas por algumas horas, seja para melhorar a nossa imagem corporal e autoestima ou simplesmente como complemento na recuperação da nossa forma física. Por isso, cinta no pós-parto? Sim, por favor!