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Mother with ergobaby carrying toddler on the beach

É agora? Talvez não…

À quarta gravidez achava eu que já sabia tudo, ou quase, sobre os sinais de início do trabalho de parto, mas afinal não.

Assim como as quatro gravidezes foram diferentes, parece que o mesmo acontece à forma como os nossos filhos manifestam a sua vontade de vir ao mundo.

Tudo o que nos ensinam sobre o início do trabalho de parto e a forma como nos devemos preparar para o mesmo é baseado em probabilidades. Além do inevitável aproximar da data provável do parto, existem muitos outros sinais preparatórios que nos indicam que está para breve aquele momento indescritível em que vamos conhecer o nosso filho.

Depois de já ter passado por isso 3 vezes, é obvio que achei que desta vez já podia ter a certeza de que é agora! E às 5 da manhã de um domingo lá começaram as contrações dolorosas. Segundo os livros, há que esperar que se tornem regulares e com intervalos inferiores a 10 minutos, o que aconteceu em menos de 3 horas. Desta vez está a ser mais rápido, pensei eu, mas à quarta nunca se sabe…

Por isso às 8 horas achei melhor arrancarmos para a maternidade. Depois daquilo que pareceram horas na sala de espera lá sou chamada para fazer a cardiotocografia, as tão famosas cintas.

E não é que a partir do momento em que me deitei naquele cadeirão as contrações foram-se? Nem uma… E agora o que é que aconteceu?

Depois da observação da médica ainda fiquei mais incrédula. O discurso foi: o trabalho de parto ainda está tudo muito atrasado, é melhor ir para casa e fazer umas caminhadas que ainda pode demorar dias…

Parece que afinal havia uma coisa que ainda não tinha aprendido das últimas 3 vezes. É que não basta as contrações serem dolorosas, rítmicas e regulares. Também têm que se manter com essas características quando estamos em repouso absoluto, pelo menos durante 1 hora!

E agora? Que vergonha! Lá fui eu e o meu marido fazer caminhadas pelos jardins da cidade e subir e descer escadas numa tentativa de entrar rapidamente em trabalho de parto e ainda dar entrada na maternidade no mesmo dia.

Mas claro que os filhos são sempre do contra e há que esperar pelas 4 da manhã de segunda para tudo recomeçar. Só que desta vez não quis cometer o mesmo erro. Espera, espera… Agora vamos rápido que já não aguento mais!

Sete e meia da manhã, maternidade deserta e eu desesperada. Desta vez o discurso foi: quarto filho? Vamos saltar as cintas que isto às vezes à quarta… Sete centímetros de dilatação?! E agora? Ainda tem que fazer teste covid e se calhar já não vai a tempo da epidural!

O quê??? Ou é cedo demais ou afinal já é tarde demais. Isto é difícil de acertar…

Mas o que importa é que acabou tudo por correr bem. Eram 9:15, o meu filho estava nos meus braços, o meu marido conseguiu assistir (por pouco) e afinal ainda fui a tempo da epidural (mesmo que só à sexta picada).

Posso não ter acertado à primeira, mas agora já nada disso importa!

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